quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Poesia da Crase

Eu sou a crase , muito prazer ...
Eu faço a Gramática se estremecer !
Eu nasci de um amor calmo e suave como o maracujá ...
Quando a letra “a “ se apaixonou por outra letra “ a “ !

Eu sempre apareço indicando um horário ...
De um jeito sério , convincente , nada otário ...
E repleto de raciocínio e de sentimento !
A frase : Cheguei às dez horas é um bom exemplo ...

Sou uma crase que sempre acorda ...
Em qualquer expressão de moda ...
Pois roupa , para mim , é sempre o melhor argumento ...
A frase : Usam Sapatos à Luis XV , é um bom exemplo !

Gosto das femininas expressões adverbiais ...
Pois elas são delicadas e especiais !
Gosto das conjunções conjuntivas e prepositivas ...
Pois , elas são agitadas e ativas !

Eu sou a crase , muito prazer ...
Eu faço a Gramática se estremecer !
Eu nasci de um amor calmo e suave como o maracujá ...
Quando a letra “a “ se apaixonou por outra letra “ a “ !

Por causa da minha agressiva adrenalina ...
Não apareço antes de palavra masculina !
Não apareço antes de um verbo qualquer ...
Eu brigo com os verbos com meu pulso de mulher !

Não apareço antes de pronomes em geral ...
Pois , eles me fazem muito mal !
Não apareço nas expressões formadas de palavras repetidas ...
Pois , elas são muito enjoadas e atrevidas !

Eu sou a crase , muito prazer ...
Eu faço a Gramática se estremecer !
Eu nasci de um amor calmo e suave como o maracujá ...
Quando a letra “a “ se apaixonou por outra letra “ a “ .

Luciana do Rocio Mallon .

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